Livrando-se das Ervas Daninhas
Levei um grande susto quando afinal percebi o jardim! Quantas plantas desconhecidas estão agora entre mim e meus velhos amigos... já nem consigo vislumbrar bem o Girassol. A Abelha, ainda bem que tem asinhas, assim ainda posso vê-la de vez em quando.
Mas o Girassol... não há jeito para nós. Temos, afinal, a mesma natureza: aprisionados estamos, enraizados em lugares diferentes. Não quero, porém, ser egoísta! As novas plantinhas do jardim têm sido seus amigos mais próximos. E se ele está feliz, então também estou.
Porém, agora tenho percebido umas certas plantas traiçoeiras que surgiram próximas de mim...não sei quem as trouxe: o vento, algum insetinho ou pequeno animal inocente, ou talvez não. O certo é que elas gostam de disseminar os maus sentimentos: tentam me convencer, a todo custo, que estou sozinha, como antes, como sempre. E que não há mais ninguém que se importe.
Eu me esforço bastante pra não acreditar nelas. Mas às vezes é tão difícil...elas conhecem bem meu ponto fraco! Gostaria de apenas ignorá-las, gostaria de mostrar a elas que estão erradas, que meu pequenino jardim me ama, e eu a ele; que somos uma família, a despeito de qualquer coisa ou situação.
Ainda não me entreguei, no entanto. Quando tudo fica insurpotável demais, eu crio asas de borboleta e vôo longe, e tudo o que ouço são murmúrios falsos que já não possuem significado algum.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial