Diário de Um Jardim

<<-@ ... As divagações filosóficas de uma rosa e seus amigos ... @->>

quinta-feira, agosto 30, 2007

Para as Crianças que Sobreviveram

Não, não chora
Ainda há um caco de paz
dentro de todos nós
Resta-nos somente unir
os pedaços
Dando-nos as mãos

E o brilho das estrelas
que nos fugiu
Voltará a nós

E o som
E a cor
Ao puro sorriso
Retornará

quarta-feira, agosto 29, 2007

@ It's a New Day! @

Eu não sei o que esperar de hoje, deste dia, flor única entre todas as outras que já existiram, flor altamente efêmera e fugidia.
Mas eu sei o que posso fazer com ela: posso plantá-la no fundo da minh'alma e cuidar dela com extremoso carinho. Posso dar-lhe um nome calmo e um sentido.
Eu posso fazer dela uma maravilha ainda maior que ela mesma, se eu souber realmente como proceder: respeitar, cativar e acreditar.
Então, em 24 horas, ela se irá de mim, mas eu guardarei algo dela em minha memória, algo de sublime e profundo.
E assim, mais uma passagem da história da minha vida ficará escrita neste globo girante.
Sempre em flores de 24 horas.

terça-feira, agosto 28, 2007

Depois de um Longo Inverno, a rosa Desperta


Ainda não descobri como pude ser tão frágil mediante o inverno que se abateu sobre o jardim... eu, que acreditava veementemente na força de meus sentimentos, fui arrebatada de meu lugar pelo sono indescritível da insegurança. Não estava preparada para o frio dos dias.

Fui surpreendida pela minha inpaciência; descobri que, se possuo mesmo a tranqüilidade e esperança de que tanto me orgulhava, elas são um toco de terra rodeada por rios caudalosos de ansiedade.
Pois bem, pelo menos conservei-me viva, por quase um ano, sem me manifestar para o mundo exterior. Mas a primavera chegou a minha alma, e trouxe consigo uma certeza que não sei se é real, mas que eu abraço desesperadamente.

Eu voltei.

Eu voltei a sonhar.

Eu voltei para o meu jardim.

Eu voltei porque meu amor não se extingüiu, e eu ainda acredito.

Cá estarei, enquanto o tempo for tempo para mim.

Estou aguardando ansiosamente que meu Beija-flor receba estas notícias.

Anseio por compartilhar com ele esta paz que repousa no epicentro dos meus problemas.

domingo, outubro 08, 2006

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Quem afirma que o amor nada é, na verdade é tão menor que este sentimento, que o enxerga como um anão enxergaria um gigante, mesmo que o estivesse olhando diretamente nos olhos: ele lhe pareceria apenas uma massa disforme, uma superfície.

sábado, julho 22, 2006

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Se queres iluminar
Não te aches luz
Não te assemelhes às estrelas
Distantes
Além
Alheias
Contenta-te em ser vela
de brilho fugaz
Fardo de sua própria claridade
E não te atrevas a ofuscar os outros olhos
Mas indica ao errante
Os caminhos viáveis
quando este for encerrado
na mais opressiva
Escuridão

sábado, julho 15, 2006


Minha esperança
é como a lendária fênix
precisa agonizar
Para nascer de novo

domingo, junho 04, 2006

Borboleta, CIdade CInza & Verdades Não Aparentes


A esperança
é uma borboleta amarela
que eu vislumbro
da janela do ônibus
no centro da cidade cinza
que se tornou a habitação
dos homens
E ela vais assim
Voando
com suas asas
Incertas
Embora resoluta
Absoluta
Pois não é bom
olhar para baixo
Não é bom encarar
os olhares
Incrédulos
Daqueles que defendem
Veementemente
que borboletas
só nascem em flores

Existem coisas que ninguém sabe entender; lugares do pensamento além da compreensão, onde só é possivel sentir a Verdade.
Esta é a blasfêmea proferida pelos homens: não aceitarem que há de haver um sopro de entendimento para que oobscuro seja esclarecido.

Alguém que supre toda Ausência

Vozes e outros sons diversos nem sempre me despertam para o mundo. É como se eu estivesse mergulhada num tudo que não me diz nada, e a minha existência fosse apenas um lapso nesse tudo, do qual - eu sei - não faço parte.
Penso, por vezes, que nasci na matéria errada; e esta minha existência às vezes me inquieta: afinal, quem não gosta de uma flor? Porém, este gostar não é capaz de satisfazer-me: é aapenas um olhar, admirar e ir-se embora.
E dentro de mim se movimenta aquele grito que não pode sair, e que me agita, mesmo sob minha casca impertubável de rosa: eu só desejava que me concedessem a oportunidade de amar.